Processos simples, inteligência forte: o que o podcast da Fabi Carneiro me lembrou sobre escalar com estratégia

7/21/20253 min read

Neste final de semana, ouvi um episódio do podcast da Fabiana Sawaya Carneiro que me trouxe muitos insights — e antes de começar a reflexão, já deixo aqui uma recomendação:

Se você é mulher e empreende — seja como funcionária, praticando o intraempreendedorismo, ou liderando sua própria empresa — vale muito a pena ouvir o “Café com Joia”. Vou deixar o link no final deste artigo.

O episódio 171 se chama “Processos Simples, Negócios Fortes: Como Escalar com Leveza”.

Enquanto escutava, pensei: isso tem tudo a ver com o que aplico no meu dia a dia na Central de Inteligência de Mercado da Randon e também ensino na Mentoria Analytics.

Fabi fala sobre a importância de ter processos bem definidos — que funcionam de forma constante, que não dependem de alguém pedir para acontecer. Eles simplesmente rodam porque fazem parte da estratégia do negócio.

Ela apresenta três elementos de qualquer processo:

  • Input – O que inicia o processo?

  • Atividades – Quais são as etapas?

  • Output – Qual é o resultado esperado?

E foi neste momento que surgiu o insight: essa é exatamente a estrutura do processo de Inteligência de Mercado que aplico no meu dia a dia como Analista Sênior e também nas mentorias com analistas e empresas.

Porque nós não precisamos apenas de dados. Precisamos de processos que garantam que a inteligência aconteça — com ou sem pedido da gestão.

Método CIA: o processo por trás da inteligência de impacto

Na metodologia que desenvolvi, com base em tudo que aprendi e vivi na prática da Inteligência de Mercado, trago essa mesma lógica. Chamo de Método CIA — um processo direto, aplicável e estratégico, com início, meio e fim bem definidos.

C – Coleta estratégica

Tudo começa com clareza sobre a decisão que precisa ser tomada. Sem isso, o analista corre o risco de buscar dados demais — e se perder.

Também fazem parte dessa etapa:

• Escolher boas fontes (primárias e secundárias);

• Buscar qualidade, e não quantidade;

• Ter foco naquilo que realmente importa.

I – Interpretação

Essa é a parte onde nasce a inteligência. É quando a gente cruza informações, identifica padrões, testa hipóteses... E encontra a história que os dados estão tentando contar.

É aqui que o analista realmente se diferencia — entregando análise com profundidade e contexto.

A – Aplicação

De nada adianta gerar um ótimo insight se ele não for aplicado.

Por isso, a última etapa do método é focada em transformar tudo isso em ação prática e estratégica.

Isso envolve:

• Storytelling com dados — para engajar e convencer;

• Comunicação adaptada a cada público (operacional, gerencial ou C-level);

• Recomendações práticas, possíveis e conectadas com o momento da empresa;

• Habilidade de influência — para garantir que a inteligência chegue a quem decide.

Não é só técnica. É visão estratégica. O Método CIA não é apenas uma sequência de tarefas. Ele representa uma mudança de postura.

É parar de fazer inteligência só quando pedem. É assumir o papel de parceiro estratégico. É mostrar que inteligência é ferramenta de decisão — e não apenas um relatório no e-mail.

Inteligência de verdade antecipa cenários, orienta decisões e gera movimento. E isso só é possível com processos fortes — exatamente como a Fabi reforça em seu podcast.

“A eficiência de um negócio depende da qualidade dos seus processos.” — Fabi Carneiro

E a sua área de inteligência? Já tem processos bem definidos? Ou ainda depende do esforço individual do Analista ou de uma solicitação da Gestão para acontecer?

Clique aqui para ouvir o episódio do podcast da Fabi Carneiro: 🔗 Café com Joia 171